domingo, 15 de agosto de 2010

SAI FORA ENCOSTO

Cara, vê se presta atenção! Não estou querendo saber das suas idéias. Não estou lhe pedindo opiniões sobre qualquer coisa. Não estou lhe pedindo nada, absolutamente nada. E tem mais: pouco me importa se você quer ou não prestar atenção ao que estou lhe falando. Mas, aproveitando o ensejo, quero sim lhe dizer umas coisas. Não me venha com idéias preestabelecidas, com dogmas, com ideologias muito antigas ou doutrinas utópicas. Não estou nem um pouco interessado nisso. É que cansei de falsos mestres orientando meu destino, minhas esperanças e meus acasos. Chega. Basta de tudo. Deixe-me seguir meus passos pra ver se encontro minhas trilhas e meus becos com saídas. A vida é muito curta e acho que já desperdicei mais da metade dela ouvindo tuas baboseiras e teus conselhos inúteis. Eu sei que você me olha e pensa que eu sou um nada, um cocô à deriva descendo o Rio Amazonas rumo ao mar. Infelizmente é o que você acha, eu sei disso. Mas, de novo, quero lhe pedir: respeite minha pose, minhas bravatas, minhas lambanças, meus lero-leros, enfim, respeite tudo de mim, minha vida, minha história. E pra terminar esse papo teia, quero te lembrar que minha vida é propriedade privada. Não está aberta para balanços ou considerações finais sobre qualquer grau da minha escala existencial.

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